Bem vindo ao ‘Psicologiando VastaMente’

Bem vindo ao ‘Psicologiando VastaMente’. ...um espaço que tentará desvendar o universo feminino. Aqui eu, Franm Carolina, publico posts sobre o universo feminino: suas angústias, dúvidas, coisas cotidianas, confusões que só os miolos femininos entendem, enfim, todo o blablablá feminino

Sou uma grande observadora do mundo e nada melhor do que observar o nosso mundo. O mundo das mulheres. Por isso, aqui divido com vocês, caras blogueiras e blogueiros as mais diversas situações do nosso universo feminino.

domingo, 30 de maio de 2010

Atividade acadêmica.


Saúde

A magreza que pesa

Distúrbios alimentares afetam  funções básicas do corpo e matam com freqüência

 

            Bulimia e anorexia já são problemas de saúde pública. Habitualmente o mundo se abala com a notícia de alguma jovem que morreu de complicações associadas aos transtornos alimentares. "Trata-se de doenças debilitantes, perturbações psiquiátricas graves, que devem ser encaradas como um problema de saúde pública, que atingem jovens que não têm idade para sofrer de perturbações", afirmou a psicóloga Cristiane Jacarandá.
            Segundo Cristiane os transtornos alimentares não estão relacionados apenas ao desejo de corresponder aos padrões de beleza de uma época. Esses distúrbios têm muito a ver também com a dificuldade que as pessoas, especialmente o adolescente, sente para se inserir no contexto social, de se expressar, de saber quem é e o que veio fazer no mundo.
            No que diz respeito à moda, o assunto é muito mais polêmico. Em 2006, a modelo Ana Carolina Reston Macan, de 21 anos, morreu vítima de anorexia nervosa. Media 1,74 metros de altura, e pesava 40 quilos, conseguidos com uma alimentação à base de maçã e tomate. Carolina foi internada com insuficiência renal, tensão arterial baixa, dificuldades em respirar e uma infecção generalizada.
             A partir de então vem-se questionando várias atitudes e pensamentos de uma sociedade pseudo-moralista. Essa magreza em excesso está sendo novamente questionada, como já foi em outros momentos. A sociedade volta seus olhos para o drama, para algumas fotos, porém nada realmente muda.
            Antigamente, mulheres gordas eram sinônimos de beleza (pode-se perceber isso em qualquer quadro da Renascença). Mas os tempos mudaram, e ser esquelética é a nova moda! O clima glamoroso, mas ao mesmo tempo raquítico, hipnotiza jovens que acabam seduzidas a seguir um padrão irreal de beleza. Muitas simplesmente param de comer. Outras comem compulsivamente e aliviam o peso na consciência vomitando tudo logo em seguida.
            De acordo com a psicóloga, as pessoas que desenvolvem estes transtornos sofrem complicações em vários sistemas de organismo. Todo o sistema hormonal é afetado -- é comum, por exemplo, que as mulheres parem de menstruar. Órgãos de "manutenção" do organismo, como os rins, podem sofrer panes ( caso da modelo Ana Carolina ), e o sistema imune (de defesa) do corpo também entra em baixa. Também são comuns alterações cardíacas e, em alguns casos, na estrutura do cérebro.
            “Estes transtornos trazem muitas conseqüências não só para saúde como também para a vida de quem sofre deles: a pessoa se exclui da vida social, ela deixa de estudar, ela deixa de se socializar, de comer na frente das pessoas, aí vem a depressão, a baixa auto estima leva a isso, a agressividade,  a melancolia,  não sai nem do quarto e acha que está normal.”
            Segundo ela, são poucas as pessoas que buscam ajuda, isso porque são poucas as que admitem ter estes transtornos, e as que admitem o problema, muitas vezes, não querem tratar por medo. “O medo do adolescente é achar que o médico, nutricionista ou psicólogo querem fazê-lo ganhar peso.”
            Em entrevista, uma jovem de 17 anos que sofre de bulimia nervosa e que há algum tempo vem lutando contra a doença (em silencio) relata o drama em que vivem as vítimas destas doenças.  

-Quantos "episódios" você tem em média por mês?
Olha, há mais o menos três meses me deparei com uma espécie de TESTE de internet feito por uma psicóloga pra identificar possíveis transtornos alimentares e  então em soluços cheguei ao final dele e percebi que me incluía em praticamente todos os “sintomas”. Foi aí que me dei conta de que tudo que eu vinha, fazendo, pensando, sofrendo não era normal.  Fiquei deprimida e decidi encarar o problema como uma doença e tentar com unhas e dentes me livrar dele. Mas estou em um período de fraqueza, tenho a sensação de impotência muito grande. O número de episódios diminuiu consideravelmente nestes últimos dois meses. Antes quando eu ainda não via a gravidade deste problema, tinha muitos, MUITOS mesmo. Dependendo do meu estado emocional chegava a ter 3 a 4 episódios por semana, onde eu comia descontroladamente absurdos de comida e em seguida fazia uso de laxantes. Hoje, finalmente ciente de que estou doente, vendo todas conseqüências negativas que isto trouxe e sentindo na pele o caos em que minha vida e o meu corpo vinha se transformando tenho lutado diariamente contra tudo isso. Passei a me alimentar de 3 em 3 horas, fujo dos laxantes... mas ainda assim, estes episódios fazem parte da minha vida. No entanto hoje são apenas “recaídas”. Acontecem raramente geralmente seguidos de um momento de grande frustração. Mas quando acontecem me sinto  uma fracassada.!

-Acredita que apenas o uso de anti depressivos é o suficiente para te ajudar?
Não, não acredito que anti-depressivos por si só irão resolver... estes pensamentos obssessivos são muito fortes. Vi uma cena na novela(Viver a Vida) em que a Bárbara Paz dizia “eu quero melhorar, mas não consigo.” E eu senti aquilo dentro de mim. Eu tenho a consciência mas esta doença é muito forte. É muito difícil lutar contra os nossos pensamentos.
Anti depressivos não podem me dar o que eu preciso. Eu preciso me encontrar, preciso que as pessoas me enxerguem de VERDADE, preciso mas tenho medo, no fundo sei que sozinha não sou capaz.

-Você é uma pessoa ansiosa?
Sim, eu sou uma pessoa extremamente ansiosa. Tenho que me policiar para não fazer 3 coisas ao mesmo tempo.

-Você diz que vem lutando contra este problema. Quais são seus esforços para não sair da linha?
É o policiamento constante. Eu preciso aceitar meu ponto fraco e ir em busca de ajuda médica. Eu preciso saber que não tenho controle, eu preciso ter pessoas comigo nessa para eu se eu perder a mão, eu possa confiar nelas. Mas o maior problema é este: confiar nas pessoas e entregar tudo isso nas mãos de um profissional. Por enquanto, venho fugindo de situações qu me “ofereçam” risco, programo minhas refeições, procuro não faltar a academia. Enfim, venho tentando levar uma vida mais saudável possível.

-O que você espera mudar na sua vida?
Eu quero outra vida. Minha mente está sempre tão focada nisso, que não me sobra tempo para outras coisas. Quero que quando eu esteja com as pessoas que amo, que minha cabeça esteja com eles e não calculando calorias e pensando o que vou comer depois. Só quem convive com a doença sabe o tormento que isso é. Vivemos uma tortura constante. Algo que vai nos destruindo pouco a pouco. Você não vive de verdade.




Bom, acredito que a matéria fale por si só. O assunto é delicado, e é de extrema importância abrirmos nossas mentes e enxergarmos a gravidade que estes disturbios tem.

4 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Realmente é um assunto delicado e deve ser tratado com o maior cuidado.

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  3. Tem certas coisas que pareçem ser absurdas, pois temos exemplos desse assunto, causou uma enorme polêmica e ainda tem pessoas que não perceberam!

    Acredito que seja falta de amor a si próprio!

    Pois brincar com coisas serias é arriscar a própria vidaa!

    Adoreeii !
    Otiima semnaa
    Beiijo!
    :)

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  4. Nessas horas é bom ter por perto alguém que consiga perceber o que acontece com pessoas assim, para poder ajudar. Pois pessoas que tem essa doença, não tem condições psicologicas para distinguir o certo do errado.
    Um assunto como esse deveria ser comentado e abordado com mais frequência.

    Esta de parabéns pela postagem, é um assunto

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